Origem da letra do hino da Independência
Antes mesmo do “Grito do Ipiranga”, por volta de agosto de
1822, um poeta fluminense chamado Evaristo da Veiga, favorável à independência
que era, escreveu um poema ao qual intitulou “Hino Constitucional Brasiliense”
e o publicou.
O poema teve grande aceitação da Corte e foi musicado por um
famoso maestro da época chamado Marcos Antonio da Fonseca Portugal, que havia
sido professor de música do jovem príncipe D. Pedro, que após a proclamação da
independência passou a ser o Imperador D. Pedro I.
Entretanto, em 1824, o imperador, tendo se afeiçoado pelo
poema de Evaristo da Veiga, resolveu ele mesmo compor uma música para os
versos, que a partir daí passou a substituir, oficialmente, a música de Marcos
Portugal.
Durante o primeiro reinado, esse hino era tocado como canção
patriótica por excelência. Valia até como hino nacional, embora não
oficialmente.
Após a abdicação de D. Pedro I, com a chegada do segundo
reinado e, principalmente, com a proclamação da república, o Hino da Independência
foi gradativamente sendo deixado de lado.
No centenário da independência, em 1922, ele voltou a ser
executado, mas não com a melodia de D. Pedro I e sim com a de Marcos Portugal.
Foi somente durante a era Vargas (1931-1945), que a música
composta por D. Pedro I foi reestabelecida como a melodia oficial do poema de
Evaristo da Veiga, tornando-se oficialmente o “Hino da Independência do
Brasil”.
Hino da Independência
Evaristo Ferreira da Veiga
Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade,
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil;
Houve mão mais poderosa
Houve mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil;
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiros!
Já, com garbo varonil.
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil;
Do universo entre as nações
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
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